quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cala

Cala, cala, cala coração. Não é tua hora, Não te desgastes. Não as derrame, não as derrame. Espere, sei como é difícil, mas espere, Contemple e se aquiete. Você ainda não sabe, Mas o futuro é dele mesmo, Só existe sendo.

Mentira

E essa mentira com cheiro de sorvete. Gelada incerteza. Com ela cobrimos os olhos e tentamos entender a vida. Ah que mentira, que mentira. Essa mentira papel de parede, Esmalte de unha, Capa de liquidificador. Mentira que vem com a brisa, Leve e necessária. Mentira que é fome, Alimento que mata, Seu nome.

Sangrando

Deixe-me sentir a dor, Sangrar pelos tornozelos, Enquanto os sonhos dormem A dor ocupa seu lugar lentamente. O quanto importamos? E o que achamos disso? O quanto importamos é irreal, Só se é, quando o é. Só se é importante nos momentos de servidão enquanto sorrimos aplaudindo. E nesse momento que é alheio a isso, Digo, Deixe-me sentir a dor, Sangrar pelos tornozelos, Os sonhos dormem, Os sonhos dormem.

Ferrugem

Viver leve a vida pesada, Sentir breve o vento e a estrada. Saber dar os passos, Amarrar os laços, Cumprir as metas desta jornada. Tudo isso é tudo e nada. Eu me desfaço, Finjo que gou de aço. A ferrugem das garras, Cravo na cara. Eu, você, as testemunhas. Já não somos nós mesmos, Há muito tempo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cuidado

Faz assim, tudo seu, censure.
Mate o amor,
O carinho e a atenção.
Transforme isso tudo em explosão e incêndio,
Nos raros momentos do curto-circuito.
E nos dias silenciosos,
Enquanto o vento acalma,
O respirar fundo é como o preencher da fé,
Aprenderemos ainda que amor se gasta,
Sejamos cautelosos,
Evolução é,
Viver metade,
Amar metade.
Metade guardar, sempre.

Mil Olhos

Tenho mil olhos.
São todos cegos,
São tão cegos,
Que contém aguçada sensibilidade de prever o frio,
Sentem no dia, seu final tardio,
Compreendem que há algo ainda,
Que deva ser esperado.
Sabem que no calor dos desejos,
Não há nomes nos sonhos.
Nem lágrimas nos encontros.
E agora pergunto.
Onde sustenta essa sede?
Essa secura de vontade!
Essa risada triste de brinquedo!



Thiago Herek

domingo, 31 de julho de 2011

Saudade

Que mortal saudade,
saudade que muda de gosto,
que no começo, é doce como a esperança.
quando madura, é triste como lembrança,
na velhice, é fria como a vingança.
saudade que corta,
que risca.
que volta.
que fica.

domingo, 24 de julho de 2011

Criatura

Quando a loucura,
toca os dedos nos olhos
da criatura.
Homem e deus,
fundem-se em enlace,
cores de rica estrutura.
No final,
como o sol,
naturalmente nasce,
abstracta mistura.
Dando forma,
a entendimentos que tem na origem,
a realidade do instinto e da consciência,
e do seu lugar no espaço.
Por isso digo, calai coração,
você não sabe o que sente.







Thiago Herek

Só eu

Fim do dia,
Completei,
Cumpri,
No silêncio das letras,
Percebo fatalmente
Que sou só.
Só eu,
Nada mais,
Nem pedaços,
Nem restos,
Nem um farelo sequer da vida dos outros,
Só eu,
Eu.

O que mais poderia esperar,
Além de uma palavra amiga,
Um doce sopro de querer bem,
Uma pequena medida de valor,
Ser importante, pequenamente importante
Para alguém,


O dia pode ser duro,
Passo a passo escalando a vida,
As máscaras do dia e os véus da noite,
O fim perfeito,
E o amargo do dia seguinte.

O que mais eu poderia esperar,
Nunca a quis minha,
Antes sua,
Sua própria, sua mais que tudo,
Mas este seu,
Absoluto,
Bem que poderia precisar de mim,
Que sou só,
Só eu.
Eu.










Thiago Herek

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Monstro

O bruto, sensível monstro.
Que afasta, espanta, expele.
Causa nojo, tamanho o cheiro de amor.

Ávida sede, a de acalmar o peito,
Aceitar que o sonho é estreito,
E está seguro em mãos.

Pela mágoa, sabe que é hora,
De secar as lágrimas, conter o drama,
Fechar a porta para o vento frio.

Sem lutar o monstro que também é besta,
Chora ao saber que ainda,
Além de monstro é fera, sentida,
Perfurada de vida.

Vida que morre, qual lembrança apagada,
Valeu a pena, cada risada.





Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cego

Que vontade de sentir, criar seu irreal contorno,
Te beijar profundo e fechar os olhos,
Sentir distante todos os sentidos,
O calor que toma conta da direção,
Corpos que se amarram, se enrolam.
Eu sei,
E dói saber,
Corpos Deveriam ser apenas brilho,
Mas de luz, também se nutri o escuro.
E onde nada há, tudo se cria.
Até amor que vem com brinde,
Presente escondido,
Frio que causa medo,
Vacina que contém veneno,
Amar é correr os riscos de mostrar-se todo,
De perder todas as razões do lógico,
Amar é cegar-se, sangrar-se,
Anular-se.
Pequeno bolso de surpresas,
Caixa de música de terror.
O brilho da prata, da ponta da flecha.







Autor: Thiago Herek

domingo, 26 de junho de 2011

Inverno

Amar aos goles é correr o risco do derramar,
Sensação de vidro é frágil despertar.
O que oculta é frase curta,
Solta-me, tenha-me, não se acostume.
Cada vontade de fogo acalmada,
Em nós fecunda uma chama,
Que tornará tudo vivo,
O inverno, o vento,
E o amanha.




Autor: Thiago Herek

domingo, 19 de junho de 2011

Passos

Não chore criança, nem da dor, nem da falta.
Sempre existirá um novo dia, e um novo amor,
Mesmo que os velhos não se desmanchem nunca.
Não chore, que os dias não são de ninguém,
E emprestam a todos, minutos de esperanças.
Iluminados, os passos seguem,
Algo sempre os guiam,
Algo sempre os esfriam, sempre.






Autor: Thiago Herek

sábado, 11 de junho de 2011

Um Choro

Me sinto fluindo,
Como as notas soando,
Desse choro sonoro de tristeza infinita.
Na madeira do instrumento, sólido e franco,
Expressando o vácuo dos sentimentos mortos.
Sabes que manchas de escuridão a vida,
Quando com flechas envenenadas contaminas a fé.
Comida, vida e desejos, não são crenças.
Tampouco são diferenças, cada qual,
Em seu passo, em seu traço, preenchendo de idéias
os próprios caminhos.
O que importa como gostaria que tudo fosse,
Tudo não o é, e pronto.






Autor: Thiago Herek

terça-feira, 12 de abril de 2011

No ônibus

Há hoje em mim, um leve sorriso no rosto.
Uma paz de árvores passando.
O mundo todo é apenas, um momento
Em que se vê a vida pela janela do ônibus.
É um estar inteiro, preso às circunstâncias,
É depender unicamente da análise plena antropocentrista.
Ser homem, mundano, existente humano,
É não brincar de escravidão.






Autor: Thiago Herek

sábado, 9 de abril de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Fadiga

Às vezes noites, são mais longas que vidas.
E quando o mal já virou trivial,
Quando o chão não é mais o mesmo,
Movimentam-se os planos terrestres.
O que fadiga, é ter que esconder com verniz,
Rachado velho de pintura cansada.
Ainda ter que convencer, impressionar!
Conquistas não são propagandas de uso pessoal.
Antes de tudo, ser pleno, enquanto natural.
Preencher as lacunas com os estímulos,
Buscando, buscando, uma razão final.
E eterno, pensamento se cria, obra de muitos tijolos.




Autor : Thiago Herek

terça-feira, 15 de março de 2011

Dado - Atrás Da Luz






Dado, Músico de Petrópolis-RJ.
Participam do disco os baixistas Ronaldo Kronemberger e Joe Varella, os guitarristas Marcos Vianna e Carlos Lisboa, o baterista Ricardo Drake, além do próprio Dado nos vocais e piano. Gravado no estúdio MV 8 em Itaipava.

Dado - Luar Menino




Dado, Músico de Petrópolis-RJ.
Participam do disco os baixistas Ronaldo Kronemberger e Joe Varella, os guitarristas Marcos Vianna e Carlos Lisboa, o baterista Ricardo Drake, além do próprio Dado nos vocais e piano. Gravado no estúdio MV 8 em Itaipava.

sábado, 12 de março de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

Pelúcia

Amigo

Quem tem amigos tem tesouros,
Não reluzentes
Não capitais,
Cama de palha,
Pesca de barranco.
Quem tem amigos tem motivos,
Não deslizantes,
Nunca fatais,
Chuva na varanda,
Limpador de barro na soleira.
Quem tem amigos tem valores,
Não degradantes,
Quase vitais.
Flor seca prensada em livro,
Coração talhado em tronco velho.
Quem tem amigos
Tem as chaves dos portões,
De todos os corações do mundo.







Autor: Thiago Herek

quarta-feira, 2 de março de 2011

Exílio

Eu só...
Querendo o que não se atreve,
Sigo variáveis, sendo meu próprio inimigo.
Atento contra o destino,
Na tentativa de chegar quem sabe, a uma linha limite.
Definindo o que não se define,
Sem padrões são meus passos tortos,
Utilidade renovada a cada passo,
O cair útil do reerguer,
Sair da tina afogado, soluços e tosses,
São mais que cabelos molhados.
Sentir, depois de tudo, que ainda quero,
No sentido de querer ser feliz por uns minutos,
Alguns dos muitos minutos deslizantes do mundo.
Basta ser Meu? Ateu? Plebeu?
Ou basta Calar? Fugir? Chorar?





Autor: Thiago Herek

Findo

Quem eu sou?
Qual o preço da luz?
Eu posso pagar seus sacrifícios de sangue,
Rituais de entrega, minha vida é sua bagagem.
Meus olhos, seus descuidos, eles querem, eu quero.
Será que ainda posso pedir?
Ou já gastei minha cota de desejos impossíveis.
Me deixe fazer mais essa dívida,
Me espere, que chegarei findando,
Sou apenas o ultimo gosto.
Isso que resta, é eternamente seu.









Autor: Thiago Herek

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se um dia tudo acabar

Se um dia tudo acabar,
Tudo se tornar, poeira cósmica estelar.
Queria dizer, pedir, contar.
Se algo assim não puder, impedir, transformar.
Este mundo de ir, extinguir, acabar.
Não tarde em falar, não tarde em gritar,
Ao amor que tens a seu lado, aquele mais calado.
O quanto és feliz.
O quanto diz, um carinho, um momento, uma diretriz.
O quanto um caminho, um segmento, uma vontade,
Pode na verdade,
Construir, redimir, exaurir.
Se um dia tudo acabar,
Tudo se tornar, poeira cósmica estelar.
Queria pequeno, com o olhar apenas, desejar.
Estar ao seu lado,
E te amar, infinitamente sentir.
Este mesmo ar, que agora sinto.
Pecado do querer acreditar, sonhar!



Autor : Thiago Herek

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fuga e Solidão - João Ruiz & Thiago Herek

Cachaça

A gente cachaça na vida,
Cachaça no amor,
Cachaça nos sonhos próprios, e nos dos outros,
Cachaçamos enquanto jovens,
Crescemos cachaçando,
Morremos da, e com a cachaça,
Todos os anos, todas as gerações,
Todos os tempos, talvez de todos os mundos,
Receita mágica para curar a dor da faca mais pontiaguda,
Aço frio, com emblema no fio forjado,
Letras que ditam a mais precisa angústia,
Letras que formam, e como não, solidão.



Autor : Thiago Herek

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Soturno

...e adentras sem ruído em meu universo,
Soturno sentimento,
O de por dor em letras,
De fazer sangrar os versos,
Buscar a fonte mais escondida,
Cravada, calcificada na vida,
Memórias de dedos e feridas.


Autor : Thiago Herek

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Guilherme Arantes / Meu Mundo e Nada Mais

Amar

Queria sim, amar sem tamanho,
Correr pros seus braços no fim do dia.
Esquecer os enganos, os sorrisos estranhos,
Transformar meu medo em alegria.

E no seu corpo, encontrar meu lugar.
Fechar os olhos, e não dormir nem acordar,
Permanecendo eterno neste quieto e infinito instante.
Só assim, ao seu momento pleno, existir como amante.

Passar os tempos, contar os mundos.
Roubar dos sonhos nossos melhores segundos,
Fazer valer, cada detalhe, cada momento.
Não transformar desta vez, o amor em sofrimento.

Queria sim, te ter comigo.
Não te conheço, nem sou teu amigo.
Sou apenas fruta que o tempo esquece,
Sou cor sem tinta,
Sentimento verde que amadurece!




Autor : Thiago Herek

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cousteau - (Shades of) Ruionous Blues





Pale luminescent face
Cumulescent grace now
Borne in shades of
Ruinous blue

Thin, like the river's wrinkled skin
All the mirrors in the heavens
Already shaded
In ruinous blue...


There's brooding and moody truths
Moving through the moonlight
The world's lonely edge
There be monsters
Hedging no tomorrow
In ruinous blue

Thrown
Towed between the earth and sea
Shown the secrets
That the sleepless secretly realise
In ruinous blue


Years
Almost never stopping
Tears bottled in a bottle
Drifting here awash
With ruinous blue

Eu Primavera - João Ruiz e Thiago Herek





Composição : João Ruiz e Thiago Herek

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CEO - Oh God, Oh Dear (White Magic)





Oh God, oh dear
No self, no fear
I finally touched life and it was all so clear

All now, all here
No dreams, no fear
I finally touched life, can't get enough now dear

Oh God, oh dear
Final frontier
I finally touched down and now you seem so near

Cansaço

Ah coração cansado,
Sempre tem esperança de num canto qualquer,
Achar seu destino, seu abrigo, caixa de sapato forrada.
Existe por aí, nunca vi,
Um amor que não é palavra,
Que nem se consegue chamar,
Um tipo de amor sem nome,
Que é tão grande, tão grande, que ninguém vê.
Por que não cabe em nossos olhos.
Não cabe em nossa dimensão das coisas,
É um tipo de amor de olhos fechados,
Que dorme tranquilo.
Bem diferente das nossas vidas,
Teias de incertezas, arames que enroscam na garganta.
O real que me afoga, é tão palpável,
Pesado como mãos cansadas, angústia e ansiedade.
Os nomes dos homens deveriam ser canções.


Autor : Thiago Herek

Ângela Rô Rô - "Demais" (TV Manchete, 1984)





Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que eu não largo o cigarro e dirijo o meu carro
Correndo, chegando, no mesmo lugar

Ninguém sabe é que isso acontece porque
Vou passar toda a vida esquecendo você
E a razão porque vivo esses dias banais
É porque ando triste, ando triste demais

E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais
É porque meu amor por você é imenso
O meu amor por você é tão grande
(É porque) Meu amor por você é enorme demais


Composição: Tom Jobim - Aloisio de Oliveira

Angela Ro Ro - Só Nos Resta Viver





Só Nos Resta Viver
(Composição: Angela Ro Ro)

Dói em mim saber
Que a solidão existe
e insiste no teu coração

Dói em mim sentir
Que a luz que guia
o meu dia não te guia não

Quem dera pudesse
a dor que entristesse
fazer compreender

Os fracos de alma,
sem paz e sem calma
ajudasse a ver

Que a vida é bela
Só nos resta viver
A vida é bela
Só nos resta viver

Dói em mim saber
Que a solidão existe
e insiste no teu coração

Dói em mim sentir
Que a luz que guia
o meu dia não te guia não

Quem dera pudesse
a dor que entristesse
fazer compreender

Os fracos de alma,
sem paz e sem calma
ajudasse a ver

Que a vida é bela
Só nos resta viver
A vida é bela
Só nos resta viver

domingo, 30 de janeiro de 2011

Horizonte Obscuro

Autores : Thiago Herek, João Weber Ruiz.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Existência

O apedrejar, os açoites, mundo mágico de lacunas.
Falta-me o ar, o espaço, o chão.
Falta-me o entendimento de todas as coisas.
Ignoro que eterno, é o percorrer da culpa,
O pagamento divino das vidas, e vidas, e vidas.
O entendimento existe, mas não é meu.
Mínimo que sou, não revelo os segredos do mundo.
Não escuto os conselhos da razão,
Errôneo falho, peco, falto.
Alimento a dúvida com o mais alto,
Desprezo, descaso, nojo.
Vidrado o olhar, o amor não cria, não flui,
Somente o desejo, de carne, de vaidade,
De eternidade.



Autor : Thiago Herek

Valsinha - Chico Buarque

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Chico Buarque & Toquinho - Desencontro







A sua lembrança me dói tanto
Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual

Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor
Jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis

Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou os cabelos
Rasgou o que é meu
Se ainda tem saudades
E sofre como eu
Ou tudo já passou
Já tem um novo amor
Já me esqueceu

Chico Buarque - Cala a Boca, Bárbara







Composição : Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra.

Planar

Lanças no ar, culpas aerodinâmicas
Projéteis com dizeres.
Palavras cortando, são somente palavras,
Os cortes são presentes escondidos.
Sentido, sentido, tenho mesmo que ser algo?
Algo no sentido de ter sentido, caminho? Solução?
Folha leve de planta pequena, caindo, sempre caindo.
As vezes, num relance te vejo com o canto dos olhos,
Fugindo, sempre fugindo.






Autor : Thiago Herek

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Kathleen Battle & Christopher Parkening - Bachianas N° 5 - Villa Lobos

Esperança

Ocupa-se languida, a tentar, a tentar,
Marcar na pedra algum sinal de amor.
Pedra que é fria, feito a solidão.
Não vês além, que corte que é imóvel, é fenda,
Em movimento é ferida.
Não cicatriza, não cessa de sangrar.
Destina-te a conter, sem perceber o muito que já escorreu.
Anos de derramamento, escoam eternas as minhas conquistas.
Não te gastes, não comigo, procuras logo algum abrigo,
O tempo é outro, irão caçar cada vontade, cada desejo,
Cada meio sorriso de esperança, a partir de hoje, será proibido.


Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vital Farias - Pra Você Gostar de Mim



vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóveis
um prá mim outro pra ti
mas isso não constrói nada
porque o que você precisa
não se pode comprar
porque o que você precisa
não se encontra num bar
porque o que você precisa
é muito sim é muito singular
eu sou teimoso
eu vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóves
um pra mim outro pra ti
vou jogar toda esperança
numa conta de poupança
pra você gostar de mim
mais isso não costrói ...
vou levar você pra copa
vou lhe mostrar toda europa
pra você gostar de mim


Composição: Vital Farias

Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien



Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié,
Je me fous du passé!

Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu,
Mes chagrins, mes plaisirs,
Je n'ai plus besoin d'eux!

Balayé les amours
Avec leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!

Tradução:

Não, Eu Não Me Arrependo de Nada
Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo tanto faz!

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado!

Com minhas lembranças
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz!

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!

Tom Zé - Qualquer bobagem






Chegue perto de mim
não precisa falar
acenda o meu cigarro
não queira me agradar
queira
Escute esta canção
ou qualquer bobagem
ouça o coração falar, amor

Que mais? Sei lá...


Composição : Tom Zé e Mutantes

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Inerte

Quem pensa em mim?
Nestes dias longos de coração na janela.
Quem se atreve a pensar em mim?

Sou segredo nos pensamentos, culpa que se esconde.
A vergonha da mente nua, deflagrada.

quem poderia agora, rir?
quem poderia.


Autor : Thiago Herek

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mármore

Vou te construir, face que és metade.
Reparar o riso, remendar a vontade.
Desenhar seu rosto, visto que és rabisco,
Refazer os lábios, borrar marcando, os traços de cada risco.
Contornar seus olhos, olhos de nuvens.
Nuvens de chuva, escuras nuvens de chuva.
De suas mãos, farei milagre,
Seu toque será como o frescor do orvalho nos morangos,
Serás leve, pluma nos meus sonhos.
Essência de amarelo licor, gotas de carambola.
E na alma, pintarei sessões de clareza,
Com tintas de luz, pinceladas de brilho.
Obra de detalhes, trinco a trinco,
Vou partir seus pedaços, cobrir de folhas.
Amor para mim criado, infantil imaginação.
Sombra de uma miragem de vento, que em meu rosto toca.



Autor : Thiago Herek

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Grandmaster Flash The Message HQ






All rights reserved to Warner Music Group (WMG).

sábado, 25 de dezembro de 2010

Gnarls Barkley - Who's gonna save my soul

Moby - Natural Blues



Oh, lordy, troubles so hard
oh, lordy, troubles so hard
don't nobody know my troubles but god
don't nobody know my troubles but god

went down the hill, the other day
my soul got happy and stayed all day
went down the hill, the other day
my soul got happy and stayed all day

oh, lordy, troubles so hard
oh, lordy, troubles so hard
don't nobody know my troubles but god
don't nobody know my troubles but god

went in the room, didn't stay long
looked on the bed and brother was dead
went in the room, didn't stay long
looked on the bed and brother was dead

Why does my heart feel so bad



Why does my heart feel so bad?
Why does my soul feel so bad?

Why does my heart feel so bad?
Why does my soul feel so bad?

These open doors
These open doors

Why does my heart feel so bad?

Autor: Moby

Ave Maria








Franz Schubert

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fuga

Deixa eu inventar um dia de sol,
Cobrir de luz a mágoa escura,
Espalhar estrelas com os cacos que juntamos,
Dos rostos, das rachaduras.


Deixa eu inventar um dia de sol,
Aquecer os passos da rua fria,
Achar apoio nos sorrisos que refletem luz,
Nas trevas da Agonia.


Deixa eu inventar um dia de sol,
Fechar os olhos e imaginar criança,
Rodar nos sonhos e brincadeiras,
Contar segredos sem importância.



Deixa eu inventar um dia de sol,
Vestir desejo e beijar saudade,
Tocar o vento e sentir o amor,
No mundo velho da felicidade.




Autor: Thiago Herek

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vermelho Fogo

Vermelho fogo, quero você, ardendo ou não.
Queimando todos os nós, das cordas dos pescoços.
Ódio é semente, quando plantou sabia.
Abismo de folhas caindo eternamente,
Assim prosseguimos, no vácuo e em silêncio.
Mão riscando como faca, tamanha a ira, daqueles dedos insanos.
Assim Prosseguimos, no espaço e em silêncio.
Que hora se imagina, em um mundo que se supõe atemporal.
É noite? Ou dia? Só vejo os mesmos minutos brancos, tingindo, tingindo.



Autor: Thiago Herek

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Frio

Eu quero um novo coração,
Com calor contagiante,
Pra reviver meu pedaço frio de vida.
Eu quero vida das mãos que se dão, mudas, cheias de palavras imaginadas.
Eu quero a crença!!! meia banda de fé, meia de revolta.
Magia branca, na tarde branca dos meus olhos.




Autor: Thiago Herek

Maria Bethânia - Drama







Eu minto mas minha voz não mente
Minha voz soa exatamente
De onde no corpo da alma de uma pessoa
Se produz a palavra eu

Dessa garganta, tudo se canta:
Quem me ama, quem me ama?
Adeus! Meu olho é todo teu
Meu gesto é no momento exato
Em que te mato
Minha pessoa existe
Estou sempre alegre ou triste
Somente as emoções

Drama!
E ao fim de cada ato
Limpo num pano de prato
As mãos sujas do sangue das canções




Composição: Caetano Veloso

Elis Regina - Atras da Porta







Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua


Chico Buarque
Composição: Francis Hime/Chico Buarque

Elis Regina - Aos Nossos Filhos









Perdoem a cara amarrada,
Perdoem a falta de abraço,
Perdoem a falta de espaço,
Os dias eram assim...

Perdoem por tantos perigos,
Perdoem a falta de abrigo,
Perdoem a falta de amigos,
Os dias eram assim...

Perdoem a falta de folhas,
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha,
Os dias eram assim...

E quando passarem a limpo,
E quando cortarem os laços,
E quando soltarem os cintos,
Façam a festa por mim...

E quando lavarem a mágoa,
E quando lavarem a alma
E quando lavarem a água,
Lavem os olhos por mim...

Quando brotarem as flores,
Quando crescerem as matas,
Quando colherem os frutos,
Digam o gosto pra mim...

Digam o gosto pra mim...



Elis Regina
Composição: Ivan Lins/Vitor Martins

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Envelhecendo

Envelhecer é um alívio,
São cicatrizes que a gente esquece,
O fim que chega dia a dia anunciando o silêncio.
Desejos inseguros, lágrimas de quem merece.

E dentro, no íntimo vergonhoso, do sonho que não se alcança.
A criança que em meu corpo dança, toma as rédeas de mim.

E quando do final se espera, triste memória a que perdurou, ainda é esperança, esperança que amarela, envelhecendo.


Autor: Thiago Herek

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vozes

Ai, que falta, que aperto, escuto o menino que escondido chora.
Não o choro sonoro, mas o desabafar da angústia, o soluçar da dor.
Das fendas, saem mãos que pedem vida, pedem agora.
E a vida dada, tão barata e cruel,
É um motivo pra crescer sem motivos.
O menino que não brilha, na tarde cinza contrasta.
Passa o dia olhando o céu, imagem que enfraquece, que desgasta.
Irreal esperança, capa negra de ódio, que disfarça.






Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Visionário

Te troquei por mim, mil vezes necessárias.
Os olhos escondidos no bolso, as lágrimas, inundando nossas vidas, foi o livro que fechei.
Hoje, em caminhos mais estreitos,
A nuvem escura da esperança, cria em mim
um meio sorriso nos lábios,
transportando meus sentidos para outras terras,
liberdade que é perigo, olhos que não deviam enxergar.
Quando assim me troquei,
Virei aço frio e riscado.
Virei vidro fosco e trincado.
Virei cinza, fagulha de amor apagado.

Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Palavras que sobram

Nem luto,
Quando a vida vem, ceifando e roubando o meu coração.
Cada pedaço deste caminho, quer em sua essência,
me mostrar que ainda existe algo grande para completar.
Então, quando a galope vem, a vida e suas garras,
dou as costas, e sinto na dor, o que a dor contém.
Cada amor é um pedaço sozinho,
e na variante condição em que ele se expressa,
tudo sinto, sentimento que transborda eu, no mais quieto sussurrar.



Autor : Thiago Herek

sábado, 12 de junho de 2010

Judas Priest - Run of the Mill




Judas Priest - Run of the Mill


What have you achieved now you're old
Did you fulfill ambition, do as you were told
Or are you still doing the same this year
Should I give sorrow, or turn 'round and sneer

I know that the prospects weren't all that good
But they improved, and I'd have thought that you could
Have strived for that something we all have deep inside
Not let it vanish, along with your pride

Now with the aid of your new walking stick
You hobble along through society thick
And look mesmerized by the face of it all
You keep to the gutter in case you fall

I can't go on
I can't go on
I can't go on
I can't go on

I, I, I, I...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sou feliz

Tudo tenho, do tudo que queria.
Até sobra,
Sou pouco pra carregar tanto.
Mesmo nunca rindo,
Quando choro, é de rir.
Rindo sempre do choro,
Que a felicidade trouxe.
Agradeço por entender,
Os rótulos que a vida tem.
Rir é dentro, fora é expor.
Chorar é fora, dentro é guardar.
Tudo tenho.
O risco do destino na mesa.
A arte de envelhecer Eternamente.
Posso até rir, quando devia chorar.




Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Revelação

Faltou maldade.
Saber compartilhar a ignorância é um dom.
No momento em que devia calar,
Quis expor o caminho dos sozinhos.

Faltou frieza.
Concordar com a argumentação absurda,
Dos que são melhores que os outros.
Sacola de defeitos coloridos.

Faltou silêncio,
Nos ruídos das decisões.
Nos segredos revelados,
Na afirmação do medo.

Faltou sangue.
Sangue nos olhos,
Sangue nas roupas,
Nos sonhos.
Sangue dos secos, dos sem espírito, dos alojáveis.

No dia em que caí de mim mesmo.
Percebi que faltava lutar.



Autor : Thiago Herek

domingo, 9 de maio de 2010

Tom Ze - Dor e dor

Os Brazões - Tão longe de Mim

Lula Côrtes e Zé Ramalho - Nas Paredes Da Pedra Encantada

Hyldon - As Dores do Mundo

VELA ABERTA - WALTER FRANCO

Ave sangria - Sob o Sol de Satã

Ave Sangria - Dois Navegantes

Marconi Notaro " Não tenho Imaginação "




Esse nervoso é que me mata/essa ausência essa falta de você é que destrói
Esse nervoso é uma bola colorida/é uma pata de cavalo de corrida
É uma maçã, um adão/é uma neurose, uma curtição
Uma cerveja pra pagar/um fumo fino pra fumar/um novo beijo a se pedir
Esse nervoso, essa vontade de partir/ parece que nem sou eu que to aqui
Essa chuva me acalma/mas enerva o outro eu
E me mistura com o seu e me alaga de agonia/esse nervoso é uma porcaria
Eu não queria nem nascer se não nascesse pra você
Não queria nem pedir pra você ficar/pra partir
Esse nervoso é assim, um desbunde total/nem me faz bem, nem me faz mal
É minha brisa, é vendaval
Eu vou organizar um plebiscito/se disser não, eu me cito
Se disser não aí me calo/ergo a cabeça e me embalo na fumaça num estalo
E lá vou eu de bobo em frente/não me enfrente que na ira sou serpente
Mato, firo, como e faço/como eu faço, nem eu sei
Sei que na hora dos meus grilos, eu partilho docemente com os seus
E você, só de fricote/ tomou banco e chicote/só pra se mostrar mais forte que eu
Mas isso eu sei, isso eu sei
Curte a sua/eu curto a minha/parta o nó/eu parto a linha
Acabou tudo que tinha/vou partir pra outra você
Melhor pra mim/melhor pro meu/bem mais melhor pro seu

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu só queria um pouco

Eu só queria um pouco,
dos sorrisos matutinos.
Dos amigos de hoje e sempre.
dos encontros brilhantes
das almas conversando,
nos momentos esquecidos,
em que tudo vai passando,
com os dias construindo
as memórias do futuro.

Eu só queria um pouco,
dos pecados do escuro,
das razões alucinadas,
nos instantes inseguros,
dos momentos de carinho,
nos segundos congelados,
que parecem tudo ou nada,
e os dizeres dos sentidos,
que prometem sem palavras.

Eu só queria um pouco,
dos lugares escondidos,
nos olhares infinitos,
da emoção dos horizontes.
dos pedaços de saudade,
derramando realidade,
marcando o rosto e o cheiro,
de um amor que foi inteiro,
no passado dos meus sonhos.

Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O poeta na chuva

O poeta na chuva, percebe que está sozinho
Na chuva e no escuro.
Ele sente que tem culpa,
Deveria ter guardado aquelas palavras duras,
Ou ter escondido, aquele pacote de sentimentos.

Mas agora é tarde,
Os rostos se voltam para ele.
E transmitem repudia.
O poeta na chuva,
É o pior dos seres humanos.

Quantos matou?
Quantos roubou?
Quantos feriu fisicamente?
Talvez nenhum.
O poeta na chuva é especialista em destruir corações.

Aprendeu desde cedo.
Que o mundo era dele.
Por isso, sempre descartou o que tinha,
Para conquistar o futuro.
Mas não é de conquistas seu destino, é de saudades.

O poeta na chuva, sempre decide ficar calado.
Por uns momentos, até consegue desaparecer.
Mas o escuro é tão intenso.
Que suas lágrimas brilham.
Seus soluços ecoam no espaço, no vácuo do silêncio.

O poeta na chuva, já sabe onde tudo termina.
É impossível evitar.
É impossível prever o momento.
Quando o derradeiro segundo chegar.
Ele achará justa, sua condição.

O poeta na chuva, não se arrepende.
Não saberia fazer diferente.
Se mil vidas tivesse.
Mil vidas entristeceria.
Escravo eterno das condições terrenas.


Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Horizonte Obscuro

Vídeo da banda Influência

Autores : Thiago Herek, João Weber Ruiz.



sábado, 27 de março de 2010

Alheio

Vento que leva a vida, frio foi o teu encontro.
Trouxe-me pavor e incompreensão.
Senti tudo findando, frágeis segundos sem controle.
Não existiam valores, a luz era o preço mais caro do momento.
Mas eu não a merecia, de tão vil minha condição.
Culpado natural, inerente a prisão dos homens.
Tudo queria, nos meus últimos segundos.
Tudo perdi, nem o nome me sobra.
E a dúvida que persiste, qual minha idade?
E a que grupo dos homens pertenço?


Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010





If I leave here tomorrow
Would you still remember me
For i must be travelling on now
There's too many places I gotta see
And if I stay here with you girl
Things just wouldn't be the same
For I'm as free as a bird now
And this bird you cannot change
And the bird you cannot change
And the bird you cannot change
Lord knows I can't change

Bye bye it's been sweet love
Though this feeling I can't change
Please don't take it so bad now
Cause lord knows I'm to blame

And if I stay here with you girl
Things just couldn't be the same
For I'm as free as a bird now
And this bird you cannot change
And the bird you cannot change
And the bird you cannot change
Lord knows I can't change

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Motivo do Silêncio

Não quero ser feliz, só quero passar,
Cumprir os dias desta prisão.
Não quero completar, nem concluir.
Missão de vida é sobreviver.
Enfrentar o despropósito e a violência.
Não tenho um motivo sequer.
Como fera, predo e escondo.
Enquanto homem, domestico este animal selvagem.
Escondo os instintos, sou cidadão antes de ser humano.
Não preciso ser feliz, só quero ir andando.
Chegar em algum lugar onde se possa partir.
Partindo eternamente.



Autor: Thiago Herek

sábado, 16 de janeiro de 2010

Medo

Qual o nome do medo?
Este que sinto nos momentos sós.
O medo que chama meu nome, que me causa arrepios.
A energia que rompe em uma onda de aproximação.
Eu sinto sua presença, observo seus sinais.
Sinto pavor e curiosidade.
Não sou o que buscam.
Sou alma perturbada, reservatório de influências ruins.
Tenho falhas, e desconheço as verdades.
Só acredito no que é óbvio.
E só enxergo os incontáveis dias sem motivo.
Não tenho espiritualidade?
Como poderia?
Se sinto em mim, todos os espíritos.


Autor : Thiago Herek

sábado, 26 de dezembro de 2009

Caminhos

Hoje derramei,
O que as lágrimas levam face abaixo.
Todos têm seu tempo.
Por isso sou tantos lugares.
Sinto o que você sente,
E choro quando choras.
Sou feito de cada desejo seu.
E quando falhas,
Na batalha da plenitude,
Queria te mostrar o dia.
Sem direitos de pedir,
Apenas ofereço.
Sem motivos para seguir,
Vivo para construir seus caminhos.
E te vejo ir,
Viajante de todos os destinos.




Autor : Thiago Herek

sábado, 12 de dezembro de 2009

Herege

Ah, essa liberdade,
Feita de letras que formam uma palavra.
Mal enchem um copo.
Hoje no mundo, separamos as prioridades,
Importante ser algo.
Ter objetivos a prazo.
E os tijolos de uma construção.
Que luta...
Que luta...
Quando digo que tenho um motivo,
Sei que tenho,
Não me roube.
É tudo o que tenho,
Sou uma vida a conquistar.
Quero fazer de ouro, o caminho que foi riscado em giz.
E quero esgotar vadio, meu mundo de escolhas e de possibilidades.
No final, seremos os mesmos.
Meia laranja, e o sol na janela.
Herege dos sentidos,
Blasfemando contra o inexistente.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Gargalhem, gargalhem,
Estou aqui para o prazer alheio.
Bem no fundo, eu sei, estão fingindo que entendem,
Sou filho do pai, irmão de todos, pequeno aos olhos.
Tenho o mesmo desejo, e não me ajoelho.
Não quero parecer menor como um cisco no vento,
Posso não ter os corretos caminhos,
Mas tenho a surpresa dos destinos incertos.
Sigo de cego, escuto o momento.
Sentir é música, vida e desprendimento.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fogueira

Vida pequena, feita das escolhas dos outros.
Poder a mim concedido,
Manter determinante este medo,
Do luto que resulta,
No final que executa.
Terminando como um dia noturno,
Em tragédia que se enfileira,
Na seqüência horrenda das falhas.
Abro as mãos, sim, eu abro.
Não há diferença no nada que se possui,
Para o nada que se deseja.
E mais que tudo,
Um dia.
Em alguma tarde que não se imagina.
Com os pés na areia,
De um lugar que não se planeja.
Talvez o vinho que não exista,
Seja fogo de fogueira,
Calor na noite congelante,
Imensidão de pensamentos vagos.
O que importa sermos? Se aqui estamos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Tempo

No dia dos meus anos,frágeis surpresas.
Diferentes sabores dos mesmos enganos.
Sensação de olhar, tocar, viver.
É o escuro dos retratos, é o resto que não sobra.
E nas estradas e desvios, dos buracos desta obra,
O destino fecha os olhos.
Presente oco, que não se escreve,
Não se mede, não se acredita.
Rachadura antiga, fendas amigas.
Enquanto o tempo determina,
Somos jovens feridas, que desejam a cicatriz.
Somos flores, e o ato de pensar nelas.

Autor : Thiago Herek

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Invisível

Sou um momento que passa.
Fagulha de fogo apagando.
Máscara que esconde, mas não disfarça.

Sou mão para soltar, rosto para esquecer.
Sou a fé dos poucos, o grito dos loucos.
O exato momento, em que se vai perder.

Sou o azar dos dias, marca funda de doença.
Sou o amargo dos lábios sem vida.
Infinito vento, estrada sem esperança.

Sou qualquer hora de um motivo sem graça.
Qualquer lugar, poeta invisível.
Sou um momento que passa.

Autor : Thiago Herek

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vazio

Que silêncio.
Este fogo sem cor.
Coração desbotado, envelhecido.
Dizendo com as chamas a direção do vento,
E o caminho que devo seguir.
Minha quase pronta gagueira,
vontades diárias de sucesso.
É o amor que se esconde,
diante tanta pena.
Sei que não deveria baixar a cabeça.
nem tentar comover com meu olhar amedrontado.
Mas não sei as respostas.
nem sei se existem.
Sou pequeno neste tempo de dúvidas.
Me chamarão, vazio.
Grande é o meu espaço,
Cansaço e silêncio.

Autor: Thiago Herek

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Segundos Escuros

Queria entender este vazio, esta ausência de vida.
Essa incontrolável vontade de estar sem vontade.
Preencher as horas aborrecidas com o sono e os sonhos.
Esperar inevitavelmente por alguém, ser algo, para algo.

Cadáver vivo sem sensações, bebendo a curtos goles, estes segundos roubados.

Queria esquecer as conquistas, os deveres, meu rótulo diário.
Amar sem motivo, sorrir sem motivo, viver sem motivo.
Escuro desejo, torpe fragrância de elementos mortos.
Como é difícil suportar os dias desta época.

Autor : Thiago Herek

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os Homens e os Erros

Quanta nojeira, podridão, escondo em mim?
Escolhas rotas, gestos sujos, arrependidos.
O repúdio e a repugnância, testemunhas noturnas dos meus atos vis.
O que cega por um momento a agudes do bom senso?
O que no mundo acontece quando do racional, descemos a inferior condição?
Não são palavras que me irão responder.
O enjôo gástrico com a ânsia do desgosto,
Já esclarecem muito bem.
Certeza maldita, sou falho.
E meu nome não tem rosto.

Autor : Thiago Herek

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sou Só

Sou só.
Esfera única no espaço.
Planeta distante, que só existe no pensamento.
Tão nada, quase invisível, fragmento de pedaço.
Razão vil, preenchendo os instantes de cada momento.
Inexistente motivo, este o de dar vida, a tão pequena
vontade.
É como gritar baixo, correr devagar, amar sozinho
Metade de tudo, meio amor, meia dor, meio sorriso.

Autor : Thiago Herek