quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cuidado

Faz assim, tudo seu, censure.
Mate o amor,
O carinho e a atenção.
Transforme isso tudo em explosão e incêndio,
Nos raros momentos do curto-circuito.
E nos dias silenciosos,
Enquanto o vento acalma,
O respirar fundo é como o preencher da fé,
Aprenderemos ainda que amor se gasta,
Sejamos cautelosos,
Evolução é,
Viver metade,
Amar metade.
Metade guardar, sempre.

Mil Olhos

Tenho mil olhos.
São todos cegos,
São tão cegos,
Que contém aguçada sensibilidade de prever o frio,
Sentem no dia, seu final tardio,
Compreendem que há algo ainda,
Que deva ser esperado.
Sabem que no calor dos desejos,
Não há nomes nos sonhos.
Nem lágrimas nos encontros.
E agora pergunto.
Onde sustenta essa sede?
Essa secura de vontade!
Essa risada triste de brinquedo!



Thiago Herek

domingo, 31 de julho de 2011

Saudade

Que mortal saudade,
saudade que muda de gosto,
que no começo, é doce como a esperança.
quando madura, é triste como lembrança,
na velhice, é fria como a vingança.
saudade que corta,
que risca.
que volta.
que fica.

domingo, 24 de julho de 2011

Criatura

Quando a loucura,
toca os dedos nos olhos
da criatura.
Homem e deus,
fundem-se em enlace,
cores de rica estrutura.
No final,
como o sol,
naturalmente nasce,
abstracta mistura.
Dando forma,
a entendimentos que tem na origem,
a realidade do instinto e da consciência,
e do seu lugar no espaço.
Por isso digo, calai coração,
você não sabe o que sente.







Thiago Herek

Só eu

Fim do dia,
Completei,
Cumpri,
No silêncio das letras,
Percebo fatalmente
Que sou só.
Só eu,
Nada mais,
Nem pedaços,
Nem restos,
Nem um farelo sequer da vida dos outros,
Só eu,
Eu.

O que mais poderia esperar,
Além de uma palavra amiga,
Um doce sopro de querer bem,
Uma pequena medida de valor,
Ser importante, pequenamente importante
Para alguém,


O dia pode ser duro,
Passo a passo escalando a vida,
As máscaras do dia e os véus da noite,
O fim perfeito,
E o amargo do dia seguinte.

O que mais eu poderia esperar,
Nunca a quis minha,
Antes sua,
Sua própria, sua mais que tudo,
Mas este seu,
Absoluto,
Bem que poderia precisar de mim,
Que sou só,
Só eu.
Eu.










Thiago Herek

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Monstro

O bruto, sensível monstro.
Que afasta, espanta, expele.
Causa nojo, tamanho o cheiro de amor.

Ávida sede, a de acalmar o peito,
Aceitar que o sonho é estreito,
E está seguro em mãos.

Pela mágoa, sabe que é hora,
De secar as lágrimas, conter o drama,
Fechar a porta para o vento frio.

Sem lutar o monstro que também é besta,
Chora ao saber que ainda,
Além de monstro é fera, sentida,
Perfurada de vida.

Vida que morre, qual lembrança apagada,
Valeu a pena, cada risada.





Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cego

Que vontade de sentir, criar seu irreal contorno,
Te beijar profundo e fechar os olhos,
Sentir distante todos os sentidos,
O calor que toma conta da direção,
Corpos que se amarram, se enrolam.
Eu sei,
E dói saber,
Corpos Deveriam ser apenas brilho,
Mas de luz, também se nutri o escuro.
E onde nada há, tudo se cria.
Até amor que vem com brinde,
Presente escondido,
Frio que causa medo,
Vacina que contém veneno,
Amar é correr os riscos de mostrar-se todo,
De perder todas as razões do lógico,
Amar é cegar-se, sangrar-se,
Anular-se.
Pequeno bolso de surpresas,
Caixa de música de terror.
O brilho da prata, da ponta da flecha.







Autor: Thiago Herek

domingo, 26 de junho de 2011

Inverno

Amar aos goles é correr o risco do derramar,
Sensação de vidro é frágil despertar.
O que oculta é frase curta,
Solta-me, tenha-me, não se acostume.
Cada vontade de fogo acalmada,
Em nós fecunda uma chama,
Que tornará tudo vivo,
O inverno, o vento,
E o amanha.




Autor: Thiago Herek

domingo, 19 de junho de 2011

Passos

Não chore criança, nem da dor, nem da falta.
Sempre existirá um novo dia, e um novo amor,
Mesmo que os velhos não se desmanchem nunca.
Não chore, que os dias não são de ninguém,
E emprestam a todos, minutos de esperanças.
Iluminados, os passos seguem,
Algo sempre os guiam,
Algo sempre os esfriam, sempre.






Autor: Thiago Herek

sábado, 11 de junho de 2011

Um Choro

Me sinto fluindo,
Como as notas soando,
Desse choro sonoro de tristeza infinita.
Na madeira do instrumento, sólido e franco,
Expressando o vácuo dos sentimentos mortos.
Sabes que manchas de escuridão a vida,
Quando com flechas envenenadas contaminas a fé.
Comida, vida e desejos, não são crenças.
Tampouco são diferenças, cada qual,
Em seu passo, em seu traço, preenchendo de idéias
os próprios caminhos.
O que importa como gostaria que tudo fosse,
Tudo não o é, e pronto.






Autor: Thiago Herek

terça-feira, 12 de abril de 2011

No ônibus

Há hoje em mim, um leve sorriso no rosto.
Uma paz de árvores passando.
O mundo todo é apenas, um momento
Em que se vê a vida pela janela do ônibus.
É um estar inteiro, preso às circunstâncias,
É depender unicamente da análise plena antropocentrista.
Ser homem, mundano, existente humano,
É não brincar de escravidão.






Autor: Thiago Herek

sábado, 9 de abril de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Fadiga

Às vezes noites, são mais longas que vidas.
E quando o mal já virou trivial,
Quando o chão não é mais o mesmo,
Movimentam-se os planos terrestres.
O que fadiga, é ter que esconder com verniz,
Rachado velho de pintura cansada.
Ainda ter que convencer, impressionar!
Conquistas não são propagandas de uso pessoal.
Antes de tudo, ser pleno, enquanto natural.
Preencher as lacunas com os estímulos,
Buscando, buscando, uma razão final.
E eterno, pensamento se cria, obra de muitos tijolos.




Autor : Thiago Herek

terça-feira, 15 de março de 2011

Dado - Atrás Da Luz






Dado, Músico de Petrópolis-RJ.
Participam do disco os baixistas Ronaldo Kronemberger e Joe Varella, os guitarristas Marcos Vianna e Carlos Lisboa, o baterista Ricardo Drake, além do próprio Dado nos vocais e piano. Gravado no estúdio MV 8 em Itaipava.

Dado - Luar Menino




Dado, Músico de Petrópolis-RJ.
Participam do disco os baixistas Ronaldo Kronemberger e Joe Varella, os guitarristas Marcos Vianna e Carlos Lisboa, o baterista Ricardo Drake, além do próprio Dado nos vocais e piano. Gravado no estúdio MV 8 em Itaipava.

sábado, 12 de março de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

Pelúcia

Amigo

Quem tem amigos tem tesouros,
Não reluzentes
Não capitais,
Cama de palha,
Pesca de barranco.
Quem tem amigos tem motivos,
Não deslizantes,
Nunca fatais,
Chuva na varanda,
Limpador de barro na soleira.
Quem tem amigos tem valores,
Não degradantes,
Quase vitais.
Flor seca prensada em livro,
Coração talhado em tronco velho.
Quem tem amigos
Tem as chaves dos portões,
De todos os corações do mundo.







Autor: Thiago Herek

quarta-feira, 2 de março de 2011

Exílio

Eu só...
Querendo o que não se atreve,
Sigo variáveis, sendo meu próprio inimigo.
Atento contra o destino,
Na tentativa de chegar quem sabe, a uma linha limite.
Definindo o que não se define,
Sem padrões são meus passos tortos,
Utilidade renovada a cada passo,
O cair útil do reerguer,
Sair da tina afogado, soluços e tosses,
São mais que cabelos molhados.
Sentir, depois de tudo, que ainda quero,
No sentido de querer ser feliz por uns minutos,
Alguns dos muitos minutos deslizantes do mundo.
Basta ser Meu? Ateu? Plebeu?
Ou basta Calar? Fugir? Chorar?





Autor: Thiago Herek

Findo

Quem eu sou?
Qual o preço da luz?
Eu posso pagar seus sacrifícios de sangue,
Rituais de entrega, minha vida é sua bagagem.
Meus olhos, seus descuidos, eles querem, eu quero.
Será que ainda posso pedir?
Ou já gastei minha cota de desejos impossíveis.
Me deixe fazer mais essa dívida,
Me espere, que chegarei findando,
Sou apenas o ultimo gosto.
Isso que resta, é eternamente seu.









Autor: Thiago Herek

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se um dia tudo acabar

Se um dia tudo acabar,
Tudo se tornar, poeira cósmica estelar.
Queria dizer, pedir, contar.
Se algo assim não puder, impedir, transformar.
Este mundo de ir, extinguir, acabar.
Não tarde em falar, não tarde em gritar,
Ao amor que tens a seu lado, aquele mais calado.
O quanto és feliz.
O quanto diz, um carinho, um momento, uma diretriz.
O quanto um caminho, um segmento, uma vontade,
Pode na verdade,
Construir, redimir, exaurir.
Se um dia tudo acabar,
Tudo se tornar, poeira cósmica estelar.
Queria pequeno, com o olhar apenas, desejar.
Estar ao seu lado,
E te amar, infinitamente sentir.
Este mesmo ar, que agora sinto.
Pecado do querer acreditar, sonhar!



Autor : Thiago Herek

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fuga e Solidão - João Ruiz & Thiago Herek

Cachaça

A gente cachaça na vida,
Cachaça no amor,
Cachaça nos sonhos próprios, e nos dos outros,
Cachaçamos enquanto jovens,
Crescemos cachaçando,
Morremos da, e com a cachaça,
Todos os anos, todas as gerações,
Todos os tempos, talvez de todos os mundos,
Receita mágica para curar a dor da faca mais pontiaguda,
Aço frio, com emblema no fio forjado,
Letras que ditam a mais precisa angústia,
Letras que formam, e como não, solidão.



Autor : Thiago Herek

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Soturno

...e adentras sem ruído em meu universo,
Soturno sentimento,
O de por dor em letras,
De fazer sangrar os versos,
Buscar a fonte mais escondida,
Cravada, calcificada na vida,
Memórias de dedos e feridas.


Autor : Thiago Herek

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Guilherme Arantes / Meu Mundo e Nada Mais

Amar

Queria sim, amar sem tamanho,
Correr pros seus braços no fim do dia.
Esquecer os enganos, os sorrisos estranhos,
Transformar meu medo em alegria.

E no seu corpo, encontrar meu lugar.
Fechar os olhos, e não dormir nem acordar,
Permanecendo eterno neste quieto e infinito instante.
Só assim, ao seu momento pleno, existir como amante.

Passar os tempos, contar os mundos.
Roubar dos sonhos nossos melhores segundos,
Fazer valer, cada detalhe, cada momento.
Não transformar desta vez, o amor em sofrimento.

Queria sim, te ter comigo.
Não te conheço, nem sou teu amigo.
Sou apenas fruta que o tempo esquece,
Sou cor sem tinta,
Sentimento verde que amadurece!




Autor : Thiago Herek

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cousteau - (Shades of) Ruionous Blues





Pale luminescent face
Cumulescent grace now
Borne in shades of
Ruinous blue

Thin, like the river's wrinkled skin
All the mirrors in the heavens
Already shaded
In ruinous blue...


There's brooding and moody truths
Moving through the moonlight
The world's lonely edge
There be monsters
Hedging no tomorrow
In ruinous blue

Thrown
Towed between the earth and sea
Shown the secrets
That the sleepless secretly realise
In ruinous blue


Years
Almost never stopping
Tears bottled in a bottle
Drifting here awash
With ruinous blue

Eu Primavera - João Ruiz e Thiago Herek





Composição : João Ruiz e Thiago Herek

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CEO - Oh God, Oh Dear (White Magic)





Oh God, oh dear
No self, no fear
I finally touched life and it was all so clear

All now, all here
No dreams, no fear
I finally touched life, can't get enough now dear

Oh God, oh dear
Final frontier
I finally touched down and now you seem so near

Cansaço

Ah coração cansado,
Sempre tem esperança de num canto qualquer,
Achar seu destino, seu abrigo, caixa de sapato forrada.
Existe por aí, nunca vi,
Um amor que não é palavra,
Que nem se consegue chamar,
Um tipo de amor sem nome,
Que é tão grande, tão grande, que ninguém vê.
Por que não cabe em nossos olhos.
Não cabe em nossa dimensão das coisas,
É um tipo de amor de olhos fechados,
Que dorme tranquilo.
Bem diferente das nossas vidas,
Teias de incertezas, arames que enroscam na garganta.
O real que me afoga, é tão palpável,
Pesado como mãos cansadas, angústia e ansiedade.
Os nomes dos homens deveriam ser canções.


Autor : Thiago Herek

Ângela Rô Rô - "Demais" (TV Manchete, 1984)





Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que eu não largo o cigarro e dirijo o meu carro
Correndo, chegando, no mesmo lugar

Ninguém sabe é que isso acontece porque
Vou passar toda a vida esquecendo você
E a razão porque vivo esses dias banais
É porque ando triste, ando triste demais

E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais
É porque meu amor por você é imenso
O meu amor por você é tão grande
(É porque) Meu amor por você é enorme demais


Composição: Tom Jobim - Aloisio de Oliveira

Angela Ro Ro - Só Nos Resta Viver





Só Nos Resta Viver
(Composição: Angela Ro Ro)

Dói em mim saber
Que a solidão existe
e insiste no teu coração

Dói em mim sentir
Que a luz que guia
o meu dia não te guia não

Quem dera pudesse
a dor que entristesse
fazer compreender

Os fracos de alma,
sem paz e sem calma
ajudasse a ver

Que a vida é bela
Só nos resta viver
A vida é bela
Só nos resta viver

Dói em mim saber
Que a solidão existe
e insiste no teu coração

Dói em mim sentir
Que a luz que guia
o meu dia não te guia não

Quem dera pudesse
a dor que entristesse
fazer compreender

Os fracos de alma,
sem paz e sem calma
ajudasse a ver

Que a vida é bela
Só nos resta viver
A vida é bela
Só nos resta viver

domingo, 30 de janeiro de 2011

Horizonte Obscuro

Autores : Thiago Herek, João Weber Ruiz.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Existência

O apedrejar, os açoites, mundo mágico de lacunas.
Falta-me o ar, o espaço, o chão.
Falta-me o entendimento de todas as coisas.
Ignoro que eterno, é o percorrer da culpa,
O pagamento divino das vidas, e vidas, e vidas.
O entendimento existe, mas não é meu.
Mínimo que sou, não revelo os segredos do mundo.
Não escuto os conselhos da razão,
Errôneo falho, peco, falto.
Alimento a dúvida com o mais alto,
Desprezo, descaso, nojo.
Vidrado o olhar, o amor não cria, não flui,
Somente o desejo, de carne, de vaidade,
De eternidade.



Autor : Thiago Herek

Valsinha - Chico Buarque

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Chico Buarque & Toquinho - Desencontro







A sua lembrança me dói tanto
Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual

Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor
Jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis

Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou os cabelos
Rasgou o que é meu
Se ainda tem saudades
E sofre como eu
Ou tudo já passou
Já tem um novo amor
Já me esqueceu

Chico Buarque - Cala a Boca, Bárbara







Composição : Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra.

Planar

Lanças no ar, culpas aerodinâmicas
Projéteis com dizeres.
Palavras cortando, são somente palavras,
Os cortes são presentes escondidos.
Sentido, sentido, tenho mesmo que ser algo?
Algo no sentido de ter sentido, caminho? Solução?
Folha leve de planta pequena, caindo, sempre caindo.
As vezes, num relance te vejo com o canto dos olhos,
Fugindo, sempre fugindo.






Autor : Thiago Herek

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Kathleen Battle & Christopher Parkening - Bachianas N° 5 - Villa Lobos

Esperança

Ocupa-se languida, a tentar, a tentar,
Marcar na pedra algum sinal de amor.
Pedra que é fria, feito a solidão.
Não vês além, que corte que é imóvel, é fenda,
Em movimento é ferida.
Não cicatriza, não cessa de sangrar.
Destina-te a conter, sem perceber o muito que já escorreu.
Anos de derramamento, escoam eternas as minhas conquistas.
Não te gastes, não comigo, procuras logo algum abrigo,
O tempo é outro, irão caçar cada vontade, cada desejo,
Cada meio sorriso de esperança, a partir de hoje, será proibido.


Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vital Farias - Pra Você Gostar de Mim



vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóveis
um prá mim outro pra ti
mas isso não constrói nada
porque o que você precisa
não se pode comprar
porque o que você precisa
não se encontra num bar
porque o que você precisa
é muito sim é muito singular
eu sou teimoso
eu vou comprar dois automóveis
um pra mim outro pra ti
vou comprar mais dois imóves
um pra mim outro pra ti
vou jogar toda esperança
numa conta de poupança
pra você gostar de mim
mais isso não costrói ...
vou levar você pra copa
vou lhe mostrar toda europa
pra você gostar de mim


Composição: Vital Farias

Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien



Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié,
Je me fous du passé!

Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu,
Mes chagrins, mes plaisirs,
Je n'ai plus besoin d'eux!

Balayé les amours
Avec leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!

Tradução:

Não, Eu Não Me Arrependo de Nada
Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo tanto faz!

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado!

Com minhas lembranças
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz!

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!

Tom Zé - Qualquer bobagem






Chegue perto de mim
não precisa falar
acenda o meu cigarro
não queira me agradar
queira
Escute esta canção
ou qualquer bobagem
ouça o coração falar, amor

Que mais? Sei lá...


Composição : Tom Zé e Mutantes

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Inerte

Quem pensa em mim?
Nestes dias longos de coração na janela.
Quem se atreve a pensar em mim?

Sou segredo nos pensamentos, culpa que se esconde.
A vergonha da mente nua, deflagrada.

quem poderia agora, rir?
quem poderia.


Autor : Thiago Herek

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mármore

Vou te construir, face que és metade.
Reparar o riso, remendar a vontade.
Desenhar seu rosto, visto que és rabisco,
Refazer os lábios, borrar marcando, os traços de cada risco.
Contornar seus olhos, olhos de nuvens.
Nuvens de chuva, escuras nuvens de chuva.
De suas mãos, farei milagre,
Seu toque será como o frescor do orvalho nos morangos,
Serás leve, pluma nos meus sonhos.
Essência de amarelo licor, gotas de carambola.
E na alma, pintarei sessões de clareza,
Com tintas de luz, pinceladas de brilho.
Obra de detalhes, trinco a trinco,
Vou partir seus pedaços, cobrir de folhas.
Amor para mim criado, infantil imaginação.
Sombra de uma miragem de vento, que em meu rosto toca.



Autor : Thiago Herek