quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sou feliz

Tudo tenho, do tudo que queria.
Até sobra,
Sou pouco pra carregar tanto.
Mesmo nunca rindo,
Quando choro, é de rir.
Rindo sempre do choro,
Que a felicidade trouxe.
Agradeço por entender,
Os rótulos que a vida tem.
Rir é dentro, fora é expor.
Chorar é fora, dentro é guardar.
Tudo tenho.
O risco do destino na mesa.
A arte de envelhecer Eternamente.
Posso até rir, quando devia chorar.




Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Revelação

Faltou maldade.
Saber compartilhar a ignorância é um dom.
No momento em que devia calar,
Quis expor o caminho dos sozinhos.

Faltou frieza.
Concordar com a argumentação absurda,
Dos que são melhores que os outros.
Sacola de defeitos coloridos.

Faltou silêncio,
Nos ruídos das decisões.
Nos segredos revelados,
Na afirmação do medo.

Faltou sangue.
Sangue nos olhos,
Sangue nas roupas,
Nos sonhos.
Sangue dos secos, dos sem espírito, dos alojáveis.

No dia em que caí de mim mesmo.
Percebi que faltava lutar.



Autor : Thiago Herek

domingo, 9 de maio de 2010

Tom Ze - Dor e dor

Os Brazões - Tão longe de Mim

Lula Côrtes e Zé Ramalho - Nas Paredes Da Pedra Encantada

Hyldon - As Dores do Mundo

VELA ABERTA - WALTER FRANCO

Ave sangria - Sob o Sol de Satã

Ave Sangria - Dois Navegantes

Marconi Notaro " Não tenho Imaginação "




Esse nervoso é que me mata/essa ausência essa falta de você é que destrói
Esse nervoso é uma bola colorida/é uma pata de cavalo de corrida
É uma maçã, um adão/é uma neurose, uma curtição
Uma cerveja pra pagar/um fumo fino pra fumar/um novo beijo a se pedir
Esse nervoso, essa vontade de partir/ parece que nem sou eu que to aqui
Essa chuva me acalma/mas enerva o outro eu
E me mistura com o seu e me alaga de agonia/esse nervoso é uma porcaria
Eu não queria nem nascer se não nascesse pra você
Não queria nem pedir pra você ficar/pra partir
Esse nervoso é assim, um desbunde total/nem me faz bem, nem me faz mal
É minha brisa, é vendaval
Eu vou organizar um plebiscito/se disser não, eu me cito
Se disser não aí me calo/ergo a cabeça e me embalo na fumaça num estalo
E lá vou eu de bobo em frente/não me enfrente que na ira sou serpente
Mato, firo, como e faço/como eu faço, nem eu sei
Sei que na hora dos meus grilos, eu partilho docemente com os seus
E você, só de fricote/ tomou banco e chicote/só pra se mostrar mais forte que eu
Mas isso eu sei, isso eu sei
Curte a sua/eu curto a minha/parta o nó/eu parto a linha
Acabou tudo que tinha/vou partir pra outra você
Melhor pra mim/melhor pro meu/bem mais melhor pro seu

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu só queria um pouco

Eu só queria um pouco,
dos sorrisos matutinos.
Dos amigos de hoje e sempre.
dos encontros brilhantes
das almas conversando,
nos momentos esquecidos,
em que tudo vai passando,
com os dias construindo
as memórias do futuro.

Eu só queria um pouco,
dos pecados do escuro,
das razões alucinadas,
nos instantes inseguros,
dos momentos de carinho,
nos segundos congelados,
que parecem tudo ou nada,
e os dizeres dos sentidos,
que prometem sem palavras.

Eu só queria um pouco,
dos lugares escondidos,
nos olhares infinitos,
da emoção dos horizontes.
dos pedaços de saudade,
derramando realidade,
marcando o rosto e o cheiro,
de um amor que foi inteiro,
no passado dos meus sonhos.

Autor : Thiago Herek

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O poeta na chuva

O poeta na chuva, percebe que está sozinho
Na chuva e no escuro.
Ele sente que tem culpa,
Deveria ter guardado aquelas palavras duras,
Ou ter escondido, aquele pacote de sentimentos.

Mas agora é tarde,
Os rostos se voltam para ele.
E transmitem repudia.
O poeta na chuva,
É o pior dos seres humanos.

Quantos matou?
Quantos roubou?
Quantos feriu fisicamente?
Talvez nenhum.
O poeta na chuva é especialista em destruir corações.

Aprendeu desde cedo.
Que o mundo era dele.
Por isso, sempre descartou o que tinha,
Para conquistar o futuro.
Mas não é de conquistas seu destino, é de saudades.

O poeta na chuva, sempre decide ficar calado.
Por uns momentos, até consegue desaparecer.
Mas o escuro é tão intenso.
Que suas lágrimas brilham.
Seus soluços ecoam no espaço, no vácuo do silêncio.

O poeta na chuva, já sabe onde tudo termina.
É impossível evitar.
É impossível prever o momento.
Quando o derradeiro segundo chegar.
Ele achará justa, sua condição.

O poeta na chuva, não se arrepende.
Não saberia fazer diferente.
Se mil vidas tivesse.
Mil vidas entristeceria.
Escravo eterno das condições terrenas.


Autor : Thiago Herek

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Horizonte Obscuro

Vídeo da banda Influência

Autores : Thiago Herek, João Weber Ruiz.